bip bip

domingo, 4 de julho de 2010

O taxista

Roberto Carlos

Um comentário:

Carlos Dantas disse...

Saio logo cedo no meu carro
Ninguém sabe o meu destino
Num aceno eu paro, abro a porta
E entra alguém sempre benvindo.

Elegante ou mal vestido
Velho, moço ou até menino
Fecha a porta, diz aonde vai
E tudo bem eu já tô indo.

Sou taxista, tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista

Ouço todo tipo de conversa
O tempo todo tô ligado
Só me meto, dou palpite,
Dou conselho quando sou chamado

No meu carro ouço histórias
Desabafos, risos todo ano
Sou de tudo um pouco nessa vida
Eu sou um analista urbano

Sou taxista, tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista

O papo é sempre o mesmo
Pra puxar qualquer assunto
A qualquer hora
Que trânsito, que chuva, que calor
Mas logo mais isso melhora.

Tento agradar a todo mundo
E trabalhar sempre sorrindo
Mas sou um ser humano
E só eu sei, às vezes, o que estou sentindo.

Sou taxista, tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista

O cansaço, a solidão
Aperta o coração na madrugada
Mas a missão cumprida me desperta
É hora de voltar pra casa

Dou graças a Deus que lindo
Os filhos e a mulher em paz dormindo
Valeu a hora extra pra com eles
Ter a folga de domingo

Sou taxista, tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista